sábado, 28 de fevereiro de 2009

Sobre o Oscar

Com uma semana de atraso, e mesmo sem ter visto todos os filmes, resolvi seguir o exemplo da Manou e expor "publicamente" o que eu penso dos concorrentes e da 81ª Cerimônia da Academia.

Pra começo de conversa, a apresentação pelo Hugh Jackman foi digna de muitos aplausos. Além de ser um rostinho bonito (inclusive, eu achei que parasse por aí) ele dança, canta e consegue manter a atenção do público com tiradas engraçadas. E o número inicial com participação da Anne Hathaway, uau! Aliás, ela é outra cuja voz me surpreendeu semana passada. Achei honesto (?) ele não tentar aproximar a apresentação com alguma parte de The Reader e ainda por cima dizer que nem sequer viu o filme.

Ainda seguindo a ordem cronológica, Penélope Cruz recebeu a mais que merecia estatueta por Melhor Atriz Coadjuvante de 2008. Não só isso, não foi Javier Bardem quem lhe entregou o prêmio, como muitos haviam de esperar. Para dinamizar a cerimônia, acho eu, ao invés de o habitual "ator premiado no ano anterior entrega o Oscar para atriz do ano atual" e vice-versa, colocam-se cinco eventuais vencedoras de Melhor Atriz Coadjuvante (neste caso) e quem pessoalmente fez as honras à Penelope foi ninguém menos que Tilda Swinton, vencedora do ano passado.

Prêmios técnicos à perte (aliás, sua apresentação ora por Natalie Portman e Ben Stiller, ora por Sarah Jessica Parker e Daniel Craig, foi também muito mais simpática e leve), chega a hora da mais esperada (e óbvia) entrega da noite: Melhor Ator Coadjuvante póstumo à Heath Ledger. Enquanto procurava notícias sobre o Oscar na tentativa de lembrar quais cinco atores apresentaram a categoria este ano, e achei esse link
http://receioderemorso.wordpress.com/2009/02/21/oscar-2009-melhor-ator-coadjuvante/ que me lembrou que Robert Downey Jr. interpretou um negro. Só por isso acho que Tropic Thunder merecia ao menos concorrer ao Oscar de maquiagem. É estranho vê-lo assim, no Oscar e em filmes de muito sucesso, quando seu personagem que mais me marcou foi o Larry, de Ally McBeal.

Confesso que, pra variar, perdi minha linha de raciocínio em meio à vídeos do youtube de cerimônias anteriores e relacionados. Isso eu não sei bem o que é, mas me parece
uma entrevista pro NYTimes da Marion Cotillard, antes de ganhar o Oscar, e o sotaque dela me soa igualmente simpático ao de Penélope Cruz.

Os 8 títulos merecidos que Slumdog Millionaire levou pra casa ganharam uma carga extra de emoção com a presença do elenco mirim do filme. As entrevistas no Red Carpet e a felicidade daquelas crianças (das quais uns já eram astros de Bollywood, enquanto outros eram apenas estudantes) ao subir no palco para receber o maior prêmio da noite... foi lindo! Ainda não vi Cidade de Deus, mas consigo imaginar a comentada semelhaça. (*) E eu tava pensando nas opiniões da família Perdigão (menos a Diza, que até onde eu sei ainda não viu) e não deixo de concordar que: 1) É inocente, sim e 2) Inverossímel; e ainda, é otimista demais. Mas o roteiro é todo costurado e não tem um furo sequer, que eu tenha notado, e na verdade o cinema não existe pra imitar a realidade. O cinema existe pra criar a realidade.

Já um filme que parece tão real quanto um filme caseiro, é Rachel Getting Married. Além de provar que canta, Anne Hathaway provou ser uma atriz séria e recebeu um belo discurso de apresentação de Shirley McLaine na entrega de Melhor Atriz. Junto com Sophia Loren, que fez as honras por Meryl Streep (aliás, Nou, eu não ficaria feliz dessa vez se ela ganhasse não só porque a Kate Winslet mereceu demais, mas porque ela já tem 4 Oscar e 15 indicações); Marion Cotillard, que emocionou a atual vencedora ao apresentá-la; Nicole Kidman, que fez um discurso pequeno e clássico sobre o papel de Angelina Jolie em Changeling; e Halle Berry, que se encarregou de apresentar, literalmente, a até então desconhecida (pelo menos pra mim) Melissa Leo.

Minha única surpresa, dentre as categorias principais, foi Melhor Ator. Vi apenas Benjamin Button e sabia que a honra maior não iria para o, possivelmente, maior papel da vida de Brad Pitt. Nem lembrava da existência de Richard Jenkins (que, bem disse Adrien Brody, tem mais de 60 filmes nos últimos 25 anos) e não tinha visto The Wreslter, Milk ou Frost/Nixon. Por isso, segui os conselhos do E! e apostei em Mickey Rourke, apesar do meu enorme amor incondicional por Sean Penn. A cada palavra falada por Robert De Niro, aumentava minha vontade de ver esse filme "How did he do it? How for so many years Sean Penn got all those jobs playing straight man?" (e também com o discurso de agradecimento do roteirista, que venceu a categoria de Roteiro Original). Ainda por cima, Sean Penn "compartilhou" a vitória com Mickey Rourke.

Se tiveram paciência e leram tudo, que bom! :)
Manou, comente!!! ^^

Um comentário:

Anônimo disse...

Adorei o "Manou, comente" que me fez sentir querida e especial!

Eu amo a Meryl Streep, mas eu mesmo disse que não poderia ter ficado mais feliz.

Vou ter uqe fazer uma maratona-oscar, porque na verdade tem muitos filmes que eu quero muito ver e não vi, e por não os ter visto não posso julgar de verdade se são merecedores de qualquer coisa. Apesar de que eu tenho quase certeza de que o Sean Penn não me decepcionaria.

Ah, vou ter que ver meeesmo as apresentações do red carpet.


Quero muito ver Rachel getting merried. Não sabia que a Anne Hathaway era a Anne Hathaway e nem me toquei quando li a lista de indicados que era a menina de o diabo veste prada e o diário da princesa, e achei estranho, chocante, porém legal ela ser indicada. Mas quero ver se ela realmente "cresceu" do diário pra cá, porque apesar de eu gostar muito do filme, vamos combinar, não é digno nem de indicação como atuação. Mas, eu acredito totalmente no poder das pessoas de creser, e quero que ela me prove que de fato estou certa. Verei o filme, de coração aberto, claro.

Eu super apostei no Sean Penn, aliás.

Aliás, você botou um * depois do comentário sobre cidade de Deus que não teve explicação.

Tou com sono e cançada, a luz e o sorriso ficaram pra amanhã.

Te amo.