sábado, 26 de junho de 2010

Passione: origins

A novela é feita para a massa. Será? Será que é mesmo uma coisa tão banalizada, que os próprios autores deixaram de se preocupar com cada detalhe - daqueles tão pequenos, numa trama, que quase ninguém repara.

A discussão é a seguinte: a Clara (Mariana Ximenes em Passione) é uma vilã só má ou é humana? Aos espertinhos, eu sei que ela não é um robô. Eu defendo que ela é ambiciosa/gananciosa, se deixa levar pelas emoções e burra. Acho que ela não tentou colocar aqueles personagens na cadeia por maldade, mas por medo. Eram personagens que desconfiavam dela, de uma forma ou de outra; um tinha pé atrás com ela e a outra sabia de uns furtos que ela tinha feito, tempos antes.

Quando assustada, Clara é burra. Ao invés de se manter focada no fim do plano, que era conseguir uma quantidade obscena de dinheiro e fugir para o Rio, ela tentou 'resolver' seus problemas. Pena pra ela, que se atola cada vez mais. Ao contrário do Fred (personagem do Gianecchini). Todos os atos dele são milimetricamente pensados, com apenas uma coisa em mente: vingança.

Voltando à Clara, ela foi vítima de exploração da avó quando adolescente, numa espécie de bordel clandestino. Numa forma de humanizar a personagem, dá pra explicar o comportamento, né. E agora ela se envolveu com o Danilo (Cauã Raymond, do núcleo rico da novela) e não foi por interesse, ela inclusive evitou que isso acontecesse. Já Fred, está envolvido com Melina (Mayana Moura) apenas por interesse.

Não se preocupem, não estou só contando a historinha da novela e mostrando que eu vejo (sim, eu vejo). É uma bobagem, puro orgulho, mas meu ponto é que a Clara não é tão vilã quanto o Fred, nem perto disso. E não me interessa o motivo que ele tenha pra se vingar da família rica. A Clara é, em alguns aspectos, o Coringa (do Batman, especialmente o último filme).

Ele não faz o que faz por nenhum objetivo, vingança, dinheiro ou nada parecido. Ele faz tudo por que é louco, quer mostrar que a humanidade é muito fraca (uma espécie de Star Wars, com o lado negro da Força x Jedis)... não que eu ache que Silvio de Abreu se inspirou nisso pra criar a personagem, longe disso, aliás. Só defendo (com unhas e dentes até que me seja provado o contrário) que ela não faz por maldade, faz por medo, ignorância, falta de visibilidade no futuro, etc.

E o Fred tem um quê de psicopata. Porque vingar o suicídio do pai não é desculpa, afinal a irmã dele (Larissa Maciel) poderia então ter o mesmo comportamento e... she couldn't care less. Não que ele seja um monstro total, mas ele é o típico vilão, enquanto ela só segue com o fluxo, atrás de mais nada que dinheiro - e talvez um pouquinho de respeito?

Atirem quantas pedras quiserem, mas se tem alguma coisa que eu aprendi na faculdade de comunicação foi analisar minuciosamente esses produtos (especialmente os feitos para a massa) e criticá-los. Aprendi a ter outro olhar e criar argumentos sólidos para defender minha visão.

Aliás, ainda na novela, li no jornal que o personagem do Marcelo Antony é 'viciado em internet'. Rolou um spoiler que ele poderia ser gay ou pedófilo, mas o público não aceitou bem. Ok, novelas são feitas de audiência, mas será que isso é motivo pra dar um desfecho tão tosco pra um personagem que poderia ser um gigante e causar polêmicas?! Acho que eu não faria isso, mas deve ser mesmo complicado lidar com uma pressão dessas.

Cacá e Naná riram de mim, estranharam minha indignação, mas só fiquei incomodada desse jeito (já mandei até e-mail pra Globo, mas não adiantou chongas) porque é algo que eu penso em fazer, talvez. Sim, pretendo começar faculdade de moda no meio do ano, mas não excluo a possibilidade de fazer um bom curso de roteiro um dia e tentar seguir essa carreira, é uma coisa que eu gosto muito.

Não acho que todo telespectador de novelas tenha que pensar as origens de cada personagem, eu faço isso porque sou bizarra. Mas acho fundamental uma discussão a respeito da trama, se não a TV realmente só emburrece... e não uma discussão tipo "o que vai acontecer no próximo capítulo", algo mais pensado, sobre o(s) tema(s). Cansei, espero ter explicado meu ponto, pra quem tiver paciência de ler.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

B a il



Mas que meninas comportadas, tinha só que ver!
A gente gritava no gol e elas, nada...
Estão é acostumando, porque tem mais é que melhorar
Não dá pra viver de joguinho, 2x1 a Copa toda,
Se não pega (bem) mal pra Seleção número um.

Bola pra frente, cadê as goleadas?

terça-feira, 15 de junho de 2010

Copa

Onde será que vou ver o jogo? Claro, nos dindos. Meissa disse que eu não faço outra coisa e... não tenho feito mesmo. Minhas idas (cada vez mais longas, haha) lá são um pedacinho de férias na minha vida. Porque ainda falta meio mês e pode parecer pouco, mas eu já não aguento mais há uns dois meses, façam as contas.

E, claro, estando fora de casa com duas (não é uma, são duas) pequenas que te encantam no primeiro olhar, eu nem penso em nada mais! É a única hora do dia, ou da semana, mesmo que eu descanso (sem dramas, sério)!

Mas não vai ser sempre assim em dia de jogo, porque eu sou dessas que acha que jogo é um evento, as pessoas se encontram, muita coisa acontece! Por isso, eu não quero ver os jogos do Brasil sempre no mesmo lugar. Domingo é culinário e vai ser aqui em casa, na sexta eu não sei ainda... algum bar?

Bom, eu nunca mais consegui fazer um texto decente e quando sai algo mais ou menos útil, não sei mais tarminar. Ainda bem que eu não quero ser jornalista... ;)

domingo, 13 de junho de 2010

Passeio



elas foram passear
enquanto seu lobo
não vinha, mas
acho que no final
ele nem saiu de casa
tava um tempo feio
onde ele mora...
que bom, o sol
ficou todinho só pra gente!

around and about

Os últimos dias foram uma verdadeira maratona. De risinhos, piscadelas, bochechas, balancinhos, choramingos, fraldas sujas, Ana Raio e Zé Trovão. Parece férias, consegui esquecer completamente que tenho trabalhos a fazer, prazos, futuras dores de cabeça nas próximas semanas. Fugiu de mim também a preocupação com o semestre que vem, vestibular ou não, todo esse papo chato da vida.

Depois desse tempinho fora de casa (e praticamente da minha cabeça também!) eu entendo o Big. No segundo filme, ele sugere à Carrie que toda semana eles tirem uma folga do casamento, por dois dias, pra cada um fazer suas próprias coisas. Ela topa, mas se ofende... não tinha porquê, acaba que no final ela entende o ponto dele e fica tudo bem - duh!

Isso me faz voltar àquela tecla que eu toco desde os primeiros posts, queria que só uma vez a vida imitasse os filmes. Que pudesse ser verdade um Big na vida de alguém, que uma pessoa pudesse ter aquela quantidade de roupas incríveis e ir a todos aqueles lugares. Mudando o filme, queria também acreditar que um dia alguém me daria um Chagall original... nossa, o bode violinista em casa é tirar onda demais...

Chagall dizia que as cores são amigas dos seus vizinhos e amantes dos seus opostos. Agora no Universal passa Simplesmente Amor, a cena que o Rodrigo Santoro fica com a Laura Linney pela primeira vez. Ela gostava dele há um tempo, no filme, aí quando eles entram em casa ela pede licença e vai na sala ao lado fazer uma dancinha super Chandler. Genial!

Aliás, o nome desse filme em inglês é bem melhor. Love, actually. Em geral as coisas ficam melhores em sua língua original - o Rodrigo Santoro atuando é uma delas. Ele não é "só mais um rostinho bonito", acho que todo mundo já sabe disso... mas esse papo de ator internacional não colou pra ele, too bad.

E o termo "ator internacional" me lembra o absurdo que foi o Oscar de 99, que a Gwyneth ganhou da Fernanda Montenegro. Em que mundo isso é verossímil, sério?! Ela dá um banho na maioria dos atores dessa novela nova. Não que eles sejam ruins, inclusive quase não tenho reclamações quanto a atuação, mas ela é um ser superior.

Faz parte da rotina dos Padrinhos Mágicos, pelo menos quando estou lá! Às 20h ligam a tv e vai: JN, novela das oito, e antigamente era a hora do soninho em seguida, mas agora tem também a reprise de A História de Ana Raio e Zé Trovão (SBT, 23:15 mais ou menos). Aí as meninocas dormem. E de madrugada começa tudo de novo... demais!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Vovô Hugo


Essa foto não é dele, mas parece...
De repente bateu uma saudade desse dia e desse avô que eu não cheguei nem perto de conhecer.

Se eu lembrar disso depois, queria escrever sobre o Pequeno Nicolau e Mary e Max.

terça-feira, 8 de junho de 2010

just in... whatev

de vez em quando eu queria explodir de tédio, só pra ter alguma ação...

***


Depois de uma prova estilo ENEM, passei um frio danado na PUC e fui à Igreja. Isso, à Igreja. Igreja Universal do Reino de Deus... medo. Não aguento mais pensar em acordar e ter aulas, ainda bem que esse mês tem Copa! E depois, festas juninas (no plural esse ano, pra compensar a falta da sacanagem do ano passado, com aquele papo brabo de gripe suína...)

Agora to pseudo-matando a saudade das pequenas com Ana Raio e Zé Trovão (que tem a dinda Kika tipo jovemzíssima, em 1990). E conversando com a Nanda no gtalk, minha amiga futura young Carrie Bradshaw, hahah..

Ah, desisto! Alguém quer jogar buraco?