terça-feira, 26 de janeiro de 2010

auto-análise e outras bobagens

Ontem à noite - de madrugada, na verdade - eu tinha algo a dizer. Não me lembro, mas sei que fui dormir com um texto na cabeça. Eram pensamentos sobre quem eu sou, quem eu era, meus amigos; e como isso tudo se encaixa.

Tem gente que eu conheço há muito tempo e tem uma importância pequena pra mim.
Tem gente que eu conheço há muito tempo e significa tanto, que às vezes nem consigo expressar.
E tem aquela gente nova no pedaço, que com pouquinho tempo de convivência me assegura de que isso vai longe.

Dois mil e nove foi um ano de muita gente nova que mais parece antiga. Apesar do ano passado estar aí tentando provar o contrário, isso é raro. Não só o fenômeno em si, mas as pessoas, one of kind. Esses dias em casa têm servido pra isso, tenho pensado bastante em como eu mudei. Descobri um jogo bem legal, que é tentar adivinhar "o que" de cada pessoa que contribuiu para a Maria de janeiro de 2010.

Uns dois dias atrás minha mãe achou uma crônica do Drummond sobre o cometa Halley e mencionava a bivó. A querida Laura Rodrigo Octavio, nas palavras dele, também foi uma privilegiada que pode ver o cometa em 1910 e 1986. Queria pintar um cometa na minha parede, no lugar do pirulito/cogumelo/gato gigante, que só pela descrição nota-se que não é algo bonito. Pode ser uma Estrela Cadente também, não me importo.

Ah, como eu queria ser multi-qualquer coisa! Saber escrever, atuar, dançar, cantar, pintar, costurar, tocar...
Não se fazem mais pessoas como antigamente. Rita Hayworth, Audrey Hepburn: dançavam, cantavam, sapateavam, atuavam e ainda eram lindas. Se um dia chegar aos pés delas já fico feliz. Hoje vendo tv, pra variar, descobri que Jackie O era fotógrafa, antes de virar primeira dama dos Estados Unidos. Pelo menos foi isso que eu entendi numa cena rápida em Grey Gardens (muito bom, por sinal, Golden Globe mais que merecido para Drew Barrymore).

Um dia, quem sabe...

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

letras perdidas

às vezes uma coisa ou outra me impressiona...

mentira, eu vivo impressionada por mil coisas, o tempo todo!
como assim cinco meninos sumiram, em luziânia?
o globo repórter, por mais diferente, é sempre igual (as novelas, nem se fala)
ai, sei lá, podia ser diferente

podia...
ah, descobri hoje que sob o mesmo teto que eu (talvez) dormem uma hasselblad e uma rolleiflex, não é incrível!?

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Chapeleiro maluco

Queria ser Alice e entrar dentro do espelho, num mundo todo diferente com flores que falam e lesmolisas touvas roldando e relvindo nos gramilvos.

o espelho que não reflete

às vezes a gente sente
umas coisas que a gente não mostra
outras até,
umas coisas que a gente não gosta

eu não gosto de mostrar
as coisas que eu não gosto de sentir
mas e aí, vai ficar me corroendo?

é uma conversa um tanto...
estranha
que meu cérebro tem sozinho
ou então com minhas expresões

nothing really matters, anyone can see

Oz-reverse (observe?)


Goodbye yellow brick road

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

cadê o botão "sair" gente?


eu acho chato quando eu posto mil coisas seguidas assim, mas às vezes parece que apertaram um botãozinho e eu posso não ter nada pra dizer mas falo, falo e falo! desculpem..
dois mil e dez é engraçado, né

cansei disso

calor, calor
o que eu posso fazer
pra você ir embora?
me deixa, me larga
eu juro que eu sei
sair e me virar
sozinha, eu e eu
vai embora, vai
o frio não faz mal não

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Dentro da cabeça

Essa é a história de uma menina de nove anos. Ela tem um mundo que só ela conhece, é um mundo maravilhoso. O nome dela não é Alice, caso estejam se perguntando. Na minha história ela ainda não tem um nome, mas há de ter. Ao contrário do pai, que ela nunca soube quem é. A mãe dela, tadinha, tem esquizofrenia. A menina cuida da mãe como se fosse gente grande. A amiga imaginária dela chama Branca e é uma menina bastante aventureira. O mundo imaginário não é como um País das Maravilhas não, é bem parecido com a realidade... a diferença é que tudo dá certo, o pai existe, a mãe é normal e ela pode ser apenas uma criança; parece até comercial de imobiliária nos anos 50.

O nome dela é Lara, acabei de escolher.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

deu certo errado

Quando se cansar
de brincar assim
Faz favor, me chame
Vamos passear

Entre conversas
sobre outras coisas
Você vai ver:
me conhece mais que pensa
porque no fundo,
somos um


Somos um
povo maluco, desconhecido
estranho

ch-ch-ch-chaaangeees

turn and face the strange

dois mil e novo ano

clandestino
aulas
costura
corselet
tecidos
tecido
apresentação
ensaios
formatura
fazenda
alto
angra
2010, um ano não-convencional
vovófest
INHA
a menina que roubava livros
festa de 120
new york, new york (sisny)
fotos
músicas novas
risos e muita felicidade
japaaaaan
puc
tododiademanhãquandoeutomomeucaféamargo
chat das 7h
amigos novos
conversas boas
novos amigos antigos
confusões
mais fofocas
mais fotos
vídeos
internas
parece que 2009 durou uns 5 anos...
costello
shows

segredos

obras
calor
irritação
indiferença
mudança
felicidade e fofura
lulu
gordinha (tem que conhecer a gorda!)
mais calor
piscina
sol queimadona que nem a madonna
jesus pinto da luz
filho do nicholas cage se chama superman
apple
amora pêra lima
brigadeiros
brownies
domingos culinários imaginários
perdidonas

tio sam
poucos filmes
ch-ch-ch-chaaangeees
meissa toma 5 chopps pra esquecer
con-fu-são
descarrego
desapego


afe, tanta coisa
2009 e 2010

ufa!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Janeiro de dois mil e dez, o começo

Pra quê render tanto uns assuntos?

Sim, é a única coisa nova que os jornais tem para explorar, mas já deu. Foi uma merda, acho que um desastre desses nunca aconteceu tão perto de mim, em vários sentidos. O fim de ano foi um belo inferno astral e começo já foi torto. De verdade, eu nunca tinha visto tanta água, foram 48 horas ininterruptas de chuva forte.

O mais grave, onde eu tava, foi que alguns quartos ficaram alagados. Por perto via-se vários deslizamentos, mas o pior deles - também não muito longe dali - foi na Ilha Grande. É muito assustador quando uma coisa dessas proporções acontece tão perto. Perto porque meus tios, primos e outros hóspedes conheciam os donos e funcionários da Sankay, e perto porque num passeio rápido de barco conseguimos ver também. Se de longe, do meio do mar, já era enorme... chegar perto dali deve ser horrível. E não foi só a Sankay, o centro de Angra também teve um deslizamento considerável, no morro da Carioca.

Bastante tenso começar o ano vendo notícia atrás de notícia sobre o número de mortes, que só crescia. Já passou de 40? (por favor não respondam, sinceramente não me interessa pensar nisso agora) É um absurdo tão grande pensar que "ano novo" agora representa uma coisa ruim, para tantas pessoas que sofreram com isso. Não que eu me importe muito com essa data, nunca achei uma data especialmente diferente ou melhor que as outras, mas muita gente acha - deixou de achar.

Ontem à noite voltou meu nó, que tinha ido embora. Depois de um bombardeio de notícias (nacionais e internacionais) sobre o estado de calamidade em Angra, resolvi ver a Inha. Comecei a lembrar tanto dela e pensar em várias outras coisas, deu um aperto no coração e uma vontade de chorar... minha vergonha segurou o choro e depois passou, aos poucos. Uma conversa com minha prima Pati me fez bem, muito bem. É bom ter uma família unida e poder se sentir acolhida e à vontade com eles. Isso é trabalho dela, a Inha, obrigada.