segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Janeiro de dois mil e dez, o começo

Pra quê render tanto uns assuntos?

Sim, é a única coisa nova que os jornais tem para explorar, mas já deu. Foi uma merda, acho que um desastre desses nunca aconteceu tão perto de mim, em vários sentidos. O fim de ano foi um belo inferno astral e começo já foi torto. De verdade, eu nunca tinha visto tanta água, foram 48 horas ininterruptas de chuva forte.

O mais grave, onde eu tava, foi que alguns quartos ficaram alagados. Por perto via-se vários deslizamentos, mas o pior deles - também não muito longe dali - foi na Ilha Grande. É muito assustador quando uma coisa dessas proporções acontece tão perto. Perto porque meus tios, primos e outros hóspedes conheciam os donos e funcionários da Sankay, e perto porque num passeio rápido de barco conseguimos ver também. Se de longe, do meio do mar, já era enorme... chegar perto dali deve ser horrível. E não foi só a Sankay, o centro de Angra também teve um deslizamento considerável, no morro da Carioca.

Bastante tenso começar o ano vendo notícia atrás de notícia sobre o número de mortes, que só crescia. Já passou de 40? (por favor não respondam, sinceramente não me interessa pensar nisso agora) É um absurdo tão grande pensar que "ano novo" agora representa uma coisa ruim, para tantas pessoas que sofreram com isso. Não que eu me importe muito com essa data, nunca achei uma data especialmente diferente ou melhor que as outras, mas muita gente acha - deixou de achar.

Ontem à noite voltou meu nó, que tinha ido embora. Depois de um bombardeio de notícias (nacionais e internacionais) sobre o estado de calamidade em Angra, resolvi ver a Inha. Comecei a lembrar tanto dela e pensar em várias outras coisas, deu um aperto no coração e uma vontade de chorar... minha vergonha segurou o choro e depois passou, aos poucos. Uma conversa com minha prima Pati me fez bem, muito bem. É bom ter uma família unida e poder se sentir acolhida e à vontade com eles. Isso é trabalho dela, a Inha, obrigada.

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