terça-feira, 13 de agosto de 2013

Amor à Vida

Em primeiro lugar, quero deixar algumas coisas claras:
  1. Trata-se de um texto de opinião, espero que ninguém leia meu texto esperando encontrar algum tipo de "verdade absoluta" - até porque não acredito em tal coisa.
  2. Ao contrário do que podem pensar ao ler, eu gosto de novelas e acho que, quando "utilizadas" corretamente, são um meio de entretenimento e informação.
  3. Não sou especialista em nenhum dos aspectos que critico, mas também não sou leiga. Sou formada em Artes com habilitação em Figurino pela Faculdade SENAI CETIQT e cursei dois anos de Comunicação na PUC-Rio.
  4. Não, eu não sigo essa novela; mas minha família segue, e por vezes assisto a alguns capítulos na hora do jantar ou quando a preguiça é maior que a vontade de fazer outra coisa.
  5. É muito interessante para a Rede Globo a transmissão de uma novela cheia de clichês e tramas dignas de novela mexicana no horário nobre da televisão, justo numa época em que a realidade está em choque constante e o poder (do Estado e da Imprensa) são diariamente questionados.  


São tantos pontos a abordar que é complicado achar um começo. Talvez faça sentido tentar escrever na ordem dos acontecimentos da novela, ou então começar pelo básico, como a abertura. Deixo claro desde já que minha mente não funciona em ordem lógica (nem cronológica). Mas vamos lá, a abertura: uma animação cafona com uma música penosa na voz de Daniel, que pelo que ouço nas ruas e leio no Facebook, é de desgosto unânime. Particularmente acho a música cafoninha, mas já ouvi algumas pessoas falando que na voz de Maria Bethânia é uma linda música. Nunca ouvi, mas não duvido; ela tem esse poder.

Mas a abertura é só um detalhe, uma vírgula no que diz respeito às incontáveis falhas desse folhetim. A trama principal, por exemplo: o irmão invejoso que se passa por bonzinho, mas é capaz das maiores atrocidades contra a irmã indefesa e sonsa; a menina achada no lixo, criada cercada de amor em uma rede de mentiras que reencontra sua mãe sem saber que é mãe. Como diria Fábio Porchat, é tudo muito rocambolesco

Acho que João Emanuel Carneiro provou para o mundo - todo mundo sabe que Avenida Brasil fez sucesso internacional e a expectativa acerca do último capítulo foi até motivo de matérias em jornais estrangeiros - que menos é mais. A história dele tinha seus pontos mirabolantes? Sim, mas era muito (bota "muito" nisso) mais bem amarrada. Tinha erros incompatíveis com o século XXI? Sim, que não ficou revoltado com a ingenuidade da Nina, que não tinha um celular com câmera ou um pen drive? Mas num todo, isso não foi o que sobressaiu. Bom, fugi do ponto. Chega de novelas passadas.

Outra coisa impressionante é a escolha de atores dessa novela. Não bastasse os absurdos escritos por Walcyr Carrasco, ainda colocam Bárbara Paz, Paola Oliveira, Caio Castro, Danielle Winits, Leona Cavalli, Fernanda Machado e Malvino Salvador, só para citar alguns, em papéis centrais na história. Isso são só as atuações ruins mesmo, ainda nem entrei no mérito do sotaque - muito do mal feito - paulista dos personagens, isso é de dar dó! Mas vamos lá, essa novela tem alguns bons atores que podem ser divididos em três grupos: 1) os subutilizados, 2) os arrastados para baixo por colegas de cena e mal dirigidos, e 3) os que estão quase bem, mas não o suficiente para segurar uma cena. 

No primeiro grupo, cito (e parabenizo por diversos trabalhos anteriores) Álamo Facó, Juliano Cazarré, Bel Kutner, Pierre Baitelli, Mouhamed Harfouch, Bruna Linzmeyer e Vera Zimmermann - são os nomes que lembro agora. No segundo conjunto temos Antonio Fagundes, Eliane Giardini, Luís Melo, Ricardo Tozzi, Thiago Fragoso, Marcello Antony, Emilio Orciollo Netto, Klara Castanho, etc. E no terceiro, e talvez mais interessante, grupo cito Tatá Wernek com sua periguete-burra-sentimental, Vanessa Giácomo com uma secretária cheia de más intenções e, claro, o soberano Matheus Solano, um dos melhores atores brasileiros atualmente, com um gay "enrustido" que dá muita, mas muuuita pinta e de alguma forma consegue enganar a todos por estar casado com uma mulher (até alguns capítulos atrás, agora essa trama já se desenrolou, mas isso é outra história).

Vou falar agora de alguns casos específicos, que não se enquadram exatamente em nenhum dos grupos acima. Elizabeth Savalla parece que fez um intensivo com Daniel e agora só sabe gritar, alcança um timbre altamente irritante e imagino que sofra de uma dor constante na garganta. Carol Kasting, com quem eu simpatizo desde Terra Nostra por nenhuma razão especial, está completamente apagada, com um sotaquezinho insuportável e com uma personagem que não acrescenta nada a coisa alguma. Marina Ruy Barbosa, que a cada papel que faz consegue piorar sua atuação, fez a paciente de câncer mais insossa dos últimos tempos, sendo uma vergonha a todos os que já lutaram e ainda vão lutar com essa doença - hoje li uma reflexão muito bem colocada, por uma mulher que eu desconheço que tem o mesmo tipo de câncer que a personagem de Marina, vale a pena. A virgem tarada de Fabiana Karla que caiu no lugar comum da gordinha desajeitada, claramente uma tentativa desesperada de comédia barata - suas cenas desesperadas por perder a virgindade com o primeiro homem que aparecer são tão rasas como qualquer esquete do Zorra Total, era melhor então voltar às origens (quem me conhece sabe que a comédia do Zorra não faz meu tipo, mas respeito o programa e os profissionais envolvidos, pois o seriado faz exatamente o que se propõe e nunca tentou se passar por um programa mais sério).

Esse seria um parágrafo eterno se fosse citar todos e ainda consigo pensar em tantos aspectos que me fazem pensar que essa novela está no TOP 5 "Piores novelas da história" que é melhor seguir adiante...

O figurino - meu ofício e minha habilitação na faculdade, impossível não questionar. Meu primeiro contato com o trabalho da Labibe foi na refilmagem de Gabriela, em 2012, e gostei muito. Estava começando uma pesquisa sobre a indumentária da década de 1920 para minha monografia e fiquei encantada com sua versão de Ilhéus. Sua São Paulo contemporânea, no entanto, me deixa sem entender muitas coisas. Porque a Paloma só usa longo, será que é pra combinar com a cara de sonsa? Ok, passei os últimos três anos estudando artes e figurino, minha pouca experiência também me ensinou que um dos principais aspectos do figurino é ajudar na construção do personagem - mais um breve adendo sobre Avenida Brasil, o uso das cores branco e preto para Carminha e Nina, respectivamente, foi um dos maiores acertos da Marie Salles. 

Uma coisa é a construção do personagem, outra é a falta de noção e cafonice... e o figurino da novela (como conjunto da obra) pra mim cai nesse buraco. A secretária misteriosa e meio piranha da Vanessa Giácomo continuaria sendo misteriosa e meio piranha sem as roupas absurdamente inapropriadas para trabalho. Assim como o figurino da ex-prostituta interesseira da Bárbara Paz só torna a personagem (e a atriz) ainda mais tosca - hoje ela saiu para negociar a retomada do casamento de fachada com um decote quase no umbigo. Fora a quantidade de mulheres com os saltos agulha mais finos e altos do mundo, como se todas as mulheres "femininas" realmente usassem esse tipo de sapato com a frequência que usam, sei lá, sutiãs. Toda a arte - e ouvi dizer o mesmo dos efeitos especiais - da novela também deixam a desejar. Não é porque foi decidido que a paleta de um personagem passeia por tons de azul que a casa dele, por exemplo, tem que ser toda azul.

Desculpem leitores (se é que há leitores) pela alta carga de rancor no texto... I'm just a soul whose intentions are good - Oh Lord, please don't let me be misunderstood! Mesmo sem seguir a novela, consigo ser bastante afetada por ela. Acho, sinceramente, um insulto à inteligência dos espectadores, além da falta de respeito com diversos profissionais competentes envolvidos na produção. Só espero que quem assiste, pelo menos o faça com um olhar crítico.



segunda-feira, 17 de junho de 2013

Atores paulistas, apresentem-se para produções audiovisuais! Essa coisa de atores cariocas ficarem fazendo sotaque é uó!

Protestos no Rio



Bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo, balas de borracha. Cartazes, câmeras, vinagre. Todo mundo tem acompanhado o curso das manifestações que têm tomado o país; manifestações de um povo que finalmente saiu de casa e foi à luta. Luta não, porque a manifestação é pacífica. O povo brasileiro finalmente saiu de casa e foi às ruas. "Por que?" uns se perguntam, outros simplesmente ridicularizam "não acho que R$0,20 seja motivo para baderna" e realmente, não é. Os vinte centavos a mais na passagem de ônibus não são o motivo das manifestações, mas foram a gota d'água.

Sou absolutamente favorável ao protesto pacífico. Um protesto sobre o governo e a qualidade de vida nesse país; um país que gasta milhões em obras superfaturadas, enquanto a educação, a saúde, a segurança e o transporte públicos ficam esquecidos. Esses vinte centavos representam muito. Por que a tarifa pode subir se a qualidade só desce? Não me lembro mais quem escreveu, mas assino embaixo: ficaria feliz de pagar R$3,00 num transporte de qualidade, com motoristas e cobradores qualificados - e, principalmente, não explorados, sem fazer jornadas duplas ou exercer a dupla função. Claro que, mais feliz ainda, se fosse um transporte público de qualidade - público, portanto, gratuito. A maior parte da população anda de ônibus e sofre com isso diariamente; veículos lotados, motoristas imprudentes, muitas vezes bancos quebrados e janelas emperradas. 

Enquanto isso, gente como Arnaldo Jabor e Lucas Mendes, que representam uma classe alta e tem alguma credibilidade, vão à TV "discutir" o assunto e criticam - ao que me parece, sem um conhecimento aprofundado do assunto, sem ler os inúmeros textos de civis que tem dominado as redes sociais - a manifestação "pelos vinte centavos" porque "não pode ser isso que vai fazer diferença. É muito fácil falar quando você tem um carrão com motorista e não vivencia essa realidade; é muuito fácil falar quando você mora em Nova Iorque! E junto com eles, a mídia se cala, se curva aos interesses de poucos. É muito triste ver que isso é a realidade, e não mais uma trama mirabolante de um filme ou seriado...porque é isso que parece, uma trama mirabolante, vergonhosa.

Por tudo isso, eu aplaudo quem vai às ruas defender uma ideologia. Eu não fui, ainda. Tenho vontade de ir e presenciar isso, mas não sou inconsequente a ponto de achar que "temos que protestar e só isso que importa". Não é bem assim. Não fui porque eu tenho medo e admito. Duvido de qualquer pessoa que me disser que não tem. Todos nós temos algo a perder; acho louvável quem, ainda assim, encontra forças para participar dos manifestos, passeatas, protestos. Por mais que sejam pacíficos, não quer dizer que pessoas não saiam machucadas. "Mas é a polícia que machuca" podem dizer, e é verdade, mas no momento que eles começam, muitos dos nossos revidam; não estou aqui para julgar ninguém, não consigo imaginar como deve ser difícil ver um inocente ser atingido e não revidar; mas sou obrigada a concordar que, no momento que revidamos (mesmo que seja uma pessoa revidando numa multidão de milhares) a gente perde a razão. A violência não justifica a violência.

Outra coisa que me preocupa é uma quantidade enorme de jovens - com seus vinte e poucos anos, como eu; inclusive alguns amigos - que estão empolgados com a ideia de "ir para a guerrilha". Não é o caso, cada situação tem suas peculiaridades e não podemos ser pretensiosos a ponto de achar que estamos revivendo a ditadura ou algo do gênero. Sob diversos aspectos, acho o que acontece hoje ainda pior, pois realmente nós vivemos numa ilusão. O regime ditatorial precisava do povo na rua, da luta armada. Hoje não, hoje vivemos num modelo de "democracia" - um modelo cheio de defeitos, que muitas coisas ainda são feitas debaixo dos panos, mas não dá para comparar com a truculência, a censura, a mobilização e o impacto dos anos de ditadura no Brasil. Acredito, sim, em outras formas de protesto, outras formas de denúncia...pode ser uma visão completamente utópica, mas acredito que a arte seja um caminho - e este sim, pacífico, sem por em risco a vida de nenhum inocente, sem por em risco ideais muito maiores. Vou fazendo a minha parte como eu posso, como eu consigo..

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Fluxo de pensamentos sobre a vida e seu fim.

Cada ano que passa, mais gente morre. Cada ano que passa, a gente conhece mais gente. Cada ano que passa, mais gente que a gente conhece morre.


Não passo três meses sem perder uma pessoa conhecida. Não passo seis meses sem perder uma pessoa querida. Não passo um ano sem perder uma pessoa da família.


A mortalidade é um assunto tão batido, todo mundo sabe que basta estar vivo para morrer. Todo mundo sabe que no momento que uma pessoa nasce, ela está sujeita à morte. Todo mundo sabe. Mesmo assim, todo mundo é pego de surpresa quando recebe uma visita da Indesejada. 


Já estou acostumada. Desde 1995 estou acostumada a perder pessoas conhecidas, queridas, da família. Mas cada ano que passa, além do número aumentar, as ocasiões se tornam mais e mais próximas. É a doença da avó, o acidente do marido da tia, o câncer da prima, o menino da escola que foi atropelado, o câncer do professor, a doença do avô, o câncer do tio... que palavrinha mais infeliz, câncer. Que doencinha mais infeliz essa.


Já estou acostumada e mesmo assim sou pega de surpresa. Ninguém morreu, ainda. Todos morrem, um dia. Mas quando vemos esse dia se aproximando, para uma pessoa muito muito querida, é inevitável a reflexão. Reflexão sobre a vida, sobre a morte. Sobre a vulnerabilidade da vida, a imprevisibilidade da morte. Reflexão sobre quem fica e sobre quem vai, e sobre quem já foi. Me pego pensando muito no que eu quero e no que não quero, no que importa na vida e no descartável.


Cada ano que passa, mais gente nasce. Cada ano que passa, mais gente nasce e a gente conhece. Cada ano que passa, a gente conhece mais gente que nasce. Cada no que passa, a gente conhece mais gente e a gente pode morrer.

A vida é muito curta para fazermos sala, fingir coisas e não ser sinceros. Em um segundo, tudo pode mudar. No próximo segundo eu posso não estar mais aqui. E eu nunca vou saber, nem você. Ninguém sabe o próximo segundo. 


Tic, tac.
Passou um segundo.

sábado, 28 de abril de 2012

Curtinhas

  • Figurino e arte são elementos que ajudam a contar uma história. Eu, enquanto (aprendiz de) figurinista, preciso entender cada personagem, tanto quanto o trabalho do ator e diretor. Fazer figurino não é pensar que roupa "funciona" em cada cena, nem chegar e vestir os atores. O figurino é muito mais o pensamento que o ato.
  • Sombras. Aquelas produzidas pela luz me encantam, me agradam. Mas "sombra" é também aquela pessoa que te segue, te espreita e assiste a sua vida sem participar. Essas em muito me incomodam, me irritam...se você vive, participe da vida.
  • Curto e grosso: se é pra falar merda, fica quieto.
  • O resto fugiu, já desabafei demais pessoalmente, aí sobrou pouco para cá.

terça-feira, 27 de março de 2012

Foco é o marido da Foca

Eu nunca tive um foco. Agora mesmo, tenho que fazer uma redação de 15 a 20 linhas sobre uma história qualquer e depois transformá-la em história em quadrinhos. Viva a faculdade de artes! Viva? Acho que mais ou menos, né... porque fazer isso por obrigação é um tanto quanto castrador. Mil histórias me passam pela cabeça, tanta coisa que não dou conta de escrever. Resolvi recorrer, então, a textos antigos, arquivos de uns dois anos atrás, da época que eu gostava mesmo de escrever e tinha uma satisfação com o resultado - coisa que me parece cada vez mais distante.

É tanta coisa aomesmotempoagora que o nó só aumenta... e o facebook dispersa isso tudo. Os assuntos mais recorrentes do momento: a nova novela das oito e o homem do saco, que por sua vez foi lembrado pela caracterização de um dos personagens da novela... Não adianta, eu nunca consigo fugir disso: amo novelas, esse assunto me move. Como que um cara (ok que ele tem uma penca de assistentes, colaboradores, estagiários e etc, mas vamos manter um tico de romantismo e pensar que é ele sozinho, só por um instante) consegue escrever uma história, inventar dezenas de vidas interessantes o suficiente (ou não, mas, de novo, outro papo) para manter um país inteiro conectado durante oito meses ou mais?!!! Isso me abisma, me encanta, me assusta. Acho que no fundo, no fundo, eu queria era ser roteirista... queria era ser novelista. Mas fugi para o figurino.

A arte também me move. Não à toa, hoje passo pelo dilema "figurino, direção de arte, maquiagem, nada disso?" e em momentos de devaneio vem um "vou ser artista plástica" que também me seduz... mas olha só, perdi o tão importante FOCO. Não sei sobre o que vou fazer meu trabalho, minha história e meus quadrinhos. E lembro também que tenho que organizar, junto com a minha turma, um evento da faculdade chamado Figurino em Foco. Olha o Foco de novo me assombrando... e eu preciso de FOCO para escrever um projeto para o Figurino em Foco. Bola de neve. Não a igreja, o sentimento.

Sobre o que eu escrevo? (tem que ter início, meio e fim)

segunda-feira, 5 de março de 2012

Extremely loud and incredibly close

Extremamente alto.

A sensação que eu tive ao sair do cinema foi parecida com quando saí de O Artista, todos os sons ficam extremamente altos. Ouvi como nunca os meus passos, minha mão no corrimão da sala na saída do cinema, o jeans da minha calça a cada passo quando as pernas se encontravam. Tudo extremamente alto num nível de detalhe que não costumamos reparar.

Incrivelmente perto.

Engraçado, minha sensação na verdade é a oposta. Me senti incrivelmente distante de tudo e todos quando o filme acabou. Como o menino e a mãe, que na verdade não era bem assim, mas era assim que ele se sentia.

Outros...

O Artista.

Um filme mudo, em preto e branco, francês. Atual. Atual no sentido de que foi produzido atualmente (ano passado). Confirmando todas as expectativas do Oscar e contra todas a história da Academia, O Artista foi o grande vencedor do ano, e mais que merecido: figurino, trilha sonora, e os tão cotados ator, diretor e filme!
Se passa no final da década de 1920 e acompanha o surgimento do cinema falado. George Valentim (Jean Dujardin) é um dos principais artistas do cinema mudo e seu orgulho o impede de seguir em frente e começar a falar. Dujardin é absolutamente apaixonante. Queria ser muda com ele, só com aquelas roupas incríveis e aquele fundo musical... saí do filme ontem achando que não precisava de mais nada.

Hugo.

Assisti após O Artista. Percebi que eu precisava de mais que as roupas e a música do filme francês. Precisava viver naquela estação de trem com aquele menino tão determinado a manter a memória do pai viva e concertar um boneco que supostamente tinha uma mensagem secreta. O filme tomou um rumo inesperado, para mim, ao se misturar com a história do cinema, me mostrar George Méliès e me lembrar que o cinema é onde os sonhos se tornam realidade. Como fui me esquecer disso? Nunca deixe de sonhar, nem de acreditar.


O mais importante é viver. Sentir, ouvir, tocar. Viver.